Olá rapaziada!
Está na hora de fazer o balanço deste 2º período.
Como sabem fazer um blog foi um desafio completamente novo e na nossa opinião o desafio não foi completamente superado no 1º período visto que nunca nos tinham proposto tal trabalho.
É claro que com tempo e conselhos (da parte da nossa professora), conseguimos preparar-nos para este período e é, com muito orgulho, que as bloggers do Tira o véu à Biologia... dá os parabéns à turma do 12ºE por termos conseguido fazer posts tão interessantes. E um obrigado à professora Ana Cláudia Canas pelos conselhos porque sem eles não teríamos sido capazes de ter tantas melhoras. :)
PARABÉNS PESSOAL!
E já agora desejamos umas boas férias e muitas amêndoas! :P
domingo, 17 de março de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
Fibrose cística, uma luta constante do dia-a-dia...
A fibrose
cística (FC), também conhecida como mucoviscidose ou
fibrose quística, é uma doença hereditária autossómica recessiva, ou
seja, só se manifesta em homozigotia.
Esta
doença caracteriza-se pelo mau funcionamento das glândulas exócrinas que
segregam secreções anormais levando a infeções das vias respiratórias,
insuficiência pancreática como glândula exócrina, disfunção intestinal, mau
funcionamento das glândulas sudoríparas e disfunção reprodutora.
Esta
doença ocorre devido a uma mutação num gene do cromossoma 7 que codifica a
proteína Regulador de condutância transmembranar da Fibrose Cística (CFTR). Existem
várias mutações que podem causar esta doença mas a mais frequente é uma mutação
por deleção do codão CTT que codifica o aminoácido fenilalanina. A CFTR é responsável
pelo transporte dos iões de cloro e sódio através da membrana da célula. Quando
esta proteína não é codificada o cloro não entra para dentro da célula e por
consequência o sódio também não, uma vez que este depende do cloro. Assim as glândulas sudoríparas irão segregar um liquido (suor) com um alto teor em cloro podendo levar à desidratação.
Já a nível do pâncreas, os canais pancreáticos não libertam os aniões (especialmente o anião cloreto) levando à acumulação do muco provocando a sua obstrução e por consequência a que não se libertem as enzimas necessárias a digestão. Esta acumulação fará ainda com que o pâncreas fique lesado com um aspeto quístico e fibroso, daí o nome Fibrose Quística ou Cística (Quística = Cística).
A
nível pulmonar ocorrem
secreções anormais de muco das glândulas exócrinas dos pulmões que vão obstruir
as vias respiratórias aumentando a probabilidade de proliferação de bactérias e
como consequência podendo levar a infeções respiratórias.
O
problema reprodutor nos homens deve-se à obstrução dos
canais deferentes que vão dificultar ou até mesmo impedir a passagem dos espermatozóides
para o exterior levando à infertilidade.
Nas mulheres o problema
centra-se no aumento da viscosidade e
espessamento do muco cervical que, como nós já tínhamos visto, vai
impedir a passagem dos espermatozóites para o útero levando assim também, tal
como nos homens, a problemas de
infertilidade.
Um
dos problemas no sistema gastrointestinal é o síndroma da obstrução do
intestino distal que, muito sinteticamente, é a obstrução do intestino pela retenção
de fezes. Esta obstrução deve-se à pouca quantidade de enzimas segregadas pelas
glândulas exócrinas.
No cruzamento entre dois indivíduos portadores do gene para a doença, a probabilidade do filho nascer com a doença é mostrada na tabela abaixo:
F-alelo para normal
f-alelo para a fibrose cística
P: Ff x Ff
Gâmetas: F; f
Gâmetas
|
F
|
f
|
F
|
FF
|
Ff
|
f
|
Ff
|
ff
|
25% de probabilidade de ser doente.
50% de probabilidade de ser portador.
25% de probabilidade de ser normal.
Uma vez que a mutação se localiza num autossoma a probabilidade de um individuo vir a ter a doença é igual tanto num homem como numa mulher. Na Europa nascem uma em cada 2500 crianças com FC e estima-se que 1/25 indivíduos são portadores do gene com mutação. Em Portugal nascem entre 30 a 40 bebés por ano com FC. A esperança média de vida em 1970 era de 16 anos e atualmente é já de 36,8 anos.
O video abaixo mostra uma campanha de sensibilização feita pela Cystic Fibrosis Foundation.
Tradução do vídeo:
"-Olá,
o meu nome é Felix e eu tenho fibrose cística.
-Olá,
o meu nome é Fiona e eu tenho fibrose cística.
-Olá
Charlie.
-O
que é a fibrose cística?
-Fibrose
cística ou FC é uma doença genética, o que significa que nascemos com ela.
Quando nós nascemos os nossos genes determinam a nossa cor dos olhos, cor do
cabelo e se nos parecemos com a mãe ou com o pai.
-O
gene afetado leva à produção de um muco muito espesso que cobre todos os nosso órgãos internos, em
especial os pulmões tornando-lhes difícil trabalhar correctamente.
-São
só vocês os dois que têm Fibrose cística? Quem tem mais?
-Não.
Há mais de 30 000 pessoas no nosso país (EUA) que tem FC e 70 000 em todo o
Mundo.
-O
que acontece com vocês que têm FC?
-Por
causa do muco que reveste os nossos pulmões torna-se difícil para nós respirar.
Nós podemos fazer tudo o que vocês fazem mas consome-nos muita mais energia.
-Podem
transmitir a FC a alguém?
-Não.
Fibrose cística não é contagiosa. Ou tem-la quando nasces ou não a tens.
-Vocês
não parecem ter uma doença…
-Por
fora nós parecemo-nos como todos vocês mas por dentro os nossos órgãos estão a
trabalhar horas extraordinárias o tempo todo só para funcionarem normalmente.
-Como
é que o vosso corpo é diferente por terem FC?
-Nós
temos que ter muito cuidado para não ficar doentes. Quando vocês ficam doentes,
ficam na cama durante uns dias. Quando nós ficamos doentes podemos ir parar a um
hospital. O muco dentro dos nossos corpos agarra-se aos germes e bactérias
tornando muito difícil melhorar. Por vezes podemos ficar no hospital durante
meses.
-Há
alguma coisa que possam fazer para permanecer saudáveis?
-Nós
tentamos manter os nossos pulmões tão limpos do muco quanto possível.
-Nós
fazemos isso colocando um colete especial várias vezes ao dia que nos agita
para soltar o muco.
-Assim
nós conseguimos tossir e deitá-lo fora.
-Para
nos mantermos saudáveis temos que tomar medicamentos todos os dias… muitos medicamentos.
Em média, nós temos que tomar entre 40 a 60 comprimidos por dia. 350
comprimidos por semana. 1500 comprimidos por mês e 18 000 comprimidos por ano.
-Se
fôssemos empilhar os comprimidos de um ano, de uma ponta a outra, a sua altura
chegava a 750 ft de altura, o que
equivale a mais de metade da altura do Empire State Building.
-
uau. Isso são muitos comprimidos. Como podemos curar a FC?
-
Neste momento não há cura, mas os cientistas estão a trabalhar todos os dias
arduamente para a encontrar.
-Há
muitas pessoas que doam dinheiro para que os cientistas continuem a procurar a cura.
-Mas
por agora, cada vez que sopramos as velas, ou fazemos um desejo a uma estrela é
para uma coisa:
-
Uma cura para a Fibrose Cística.
Obrigado"
Possível terapia...
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa está neste momento a investigar a possibilidade de com quatro moléculas pôr a funcionar a CFTR.
A Fibrose Cística é uma doença que leva a outras doenças, ou seja, as consequências da FC são, por vezes, outras doenças o que torna esta doença uma das mais graves, complicadas e fatais para o ser humano.
Nota:
Glândulas exócrinas são glândulas que produzem e segregam diferentes secreções conforme o seu tipo. Por exemplo: as glândulas sudoríparas produzem e segregam suor, o pâncreas exócrino produz e segrega enzimas necessárias à digestão.
Trabalho elaborado a partir dos sites:
segunda-feira, 11 de março de 2013
Vacas transgénicas produzem "leite humano" - Será que é saudável?
A China anunciou recentemente que investigadores locais modificaram geneticamente um rebanho de 300 bovinos para produzir leite que se assemelha ao leite materno humano.
Os cientistas inseriram um gene humano nas vacas e as glândulas mamárias começaram a produzir leite com grande quantidade de lisozima (proteína abundante no leite humano, mas não na variedade bovina).
Rosita, vaca capaz de produzir leite similar ao humano |
Além de dar ao leite modificado um sabor forte e doce (igual ao que experimentámos nos primeiros anos de vida), a introdução de lisozima deixa o leite muito mais saudável e nutritivo, afirma Ning Li, da Universidade Agrícola da China, que conduziu a investigação.
Com o objetivo principal de acabar com a desnutrição infantil, Li e seus colegas esperam levar o leite modificado para a fase de testes para que se faça a sua estreia no mercado chinês dentro dos próximos 3 anos.
Na teoria, tudo parece perfeito. Mas o "leite transgénico" é realmente saudável? E, além disso, é seguro?
Aparentemente, sim.
A pesquisa inicial sugere que pode ainda trazer benefícios significativos para a saúde.
Porém, muitos outros testes precisam de ser feitos antes do leite de vaca/humano estar à venda nos demais países.
De acordo com Elizabeth Maga, cientista da Universidade da Califórnia, que conduz uma investigação, semelhante à do grupo de Li, o leite poderá um dia, ajudar a aliviar a desnutrição causada pela diarreia em humanos - uma das principais causas de mortalidade infantil em alguns países em desenvolvimento.
Humanos subnutridos |
O leite de vaca modificado não seria apenas bom para bebés, ele pode ser benéfico para qualquer pessoa desnutrida ou carente de bactérias do intestino.
Mas antes que isso aconteça, o leite transgénico deve passar por uma fase de testes em humanos.
Nos Estados Unidos e na Europa, os alimentos geneticamente modificados tem má reputação e por isso todo o cuidado será pouco antes da liberação do comércio do novo produto.
"Qualquer produto transgénico de origem animal chega ao mercado tem de se submeter a uma extensiva série de testes", diz Maga.
"Com a oposição tanto nos Estados Unidos quanto na Europa aos produtos geneticamente modificados, o leite provavelmente vai demorar muito mais do que 3 anos para ser liberado, se for". afirma Keith Schneider, cientista americano que estuda segurança alimentar.
(Notícia de 14.06.2011)
Fonte:
sábado, 9 de março de 2013
Aspirina pode reduzir alguns casos de cancros hereditários para metade
"A aspirina, um dos medicamentos mais conhecidos e consumidos em todo o mundo, voltou a alargar os seus potenciais benefícios: o fármaco foi utilizado num estudo que seguiu cerca de 1000 doentes ao longo de dez anos e mostrou-se eficaz a reduzir o risco de incidência de cancros hereditários – sobretudo o cancro colo-rectal e o cancro do colo do útero.
A investigação, foi publicada na revista científica Lancet, coordenada pela Universidade de Newcastle e financiada pelo instituto Cancer Research do Reino Unido, e revelou que a toma regular de aspirina (cuja substância activa é o ácido acetilsalicílico) pode reduzir a incidência e a progressão de alguns cancros de base hereditária. (...) As conclusões agora publicadas mostram que, na amostra incluída no estudo, a incidência de cancro hereditário nos doentes que tomavam aspirina regularmente foi 50% inferior à dos que não a tomavam.
A investigação, foi publicada na revista científica Lancet, coordenada pela Universidade de Newcastle e financiada pelo instituto Cancer Research do Reino Unido, e revelou que a toma regular de aspirina (cuja substância activa é o ácido acetilsalicílico) pode reduzir a incidência e a progressão de alguns cancros de base hereditária. (...) As conclusões agora publicadas mostram que, na amostra incluída no estudo, a incidência de cancro hereditário nos doentes que tomavam aspirina regularmente foi 50% inferior à dos que não a tomavam.
A investigação centrou-se nas pessoas com síndrome de Lynch (1), uma doença genética que está relacionada com uma maior tendência para desenvolver alguns tipos de cancro, sobretudo do cólon e recto. Esta patologia afecta os genes responsáveis por detectarem e repararem danos no ADN. (...) O estudo olhou para qualquer tipo de cancro relacionado com esta patologia e descobriu que pelo menos 30% dos doentes que não tomavam aspirina desenvolveram um cancro, em comparação com os 15% que tomavam o fármaco.
Os investigadores esclarecem, contudo, que mesmo os indivíduos que tomavam aspirina desenvolveram pólipos(2) no intestino – formações apontadas como precursoras de cancro colo-rectal – mas não chegaram a desenvolver mesmo a doença. Um sinal de que a aspirina pode ajudar o corpo humano a destruir as células antes de se tornaram malignas.
(...) Patrick Morrison (da Queen's University, em Belfast, e um dos investigadores do estudo) alerta, contudo, que falta agora apurar qual a dose
ideal deste medicamento centenário e os efeitos na população em geral e não
apenas nos portadores de síndrome de Lynch.
(...)
Questionado sobre a forma de actuação da aspirina para permitir este tipo de resultados, Jorge Espírito Santo (presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos) concretiza que, em linhas gerais, o ácido acetilsalicílico inibe uma enzima relacionada com as inflamações, dificultando o processo carcinogénico.
Questionado sobre a forma de actuação da aspirina para permitir este tipo de resultados, Jorge Espírito Santo (presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos) concretiza que, em linhas gerais, o ácido acetilsalicílico inibe uma enzima relacionada com as inflamações, dificultando o processo carcinogénico.
Estima-se que pelo menos 10% dos cancros colo-rectais sejam hereditários. Este tipo de cancro é o segundo mais comum na Europa Ocidental. (...)"
(modificado)
(modificado)
Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/aspirina-pode-reduzir-alguns-casos-de-cancros-hereditarios-para-metade-1518659#comments (visto a 8/03/2013)
http://paoesaude.blogspot.pt/2011/10/aspirina-e-anticancerigena.html (visto a 9/03/2013)
http://boasnoticias.clix.pt/mobile/noticias.php?id=10462 (visto a 9/03/2013)
http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Aspirina-pode-reduzir-em-50-cancros-heredit%C3%83%C2%83%C3%82%C2%A1rios_8614.html (visto a 9/03/2013)
http://designinteligente.blogspot.pt/2007/09/dna-mutaes-e-mecanismos-de-reparao.html (visto a 9/03/2013)
http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(12)60209-8/fulltext (visto a 9/03/2013)
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_acetilsalic%C3%ADlico#Mecanismo_de_a.C3.A7.C3.A3o (visto 9/03/2013)
http://www.evitacancro.org/cancro-hereditario/sindromes-mais-frequentes/carcinoma-colon-recto-nao-polipose-sindrome-linch/ (visto a 9/03/2013)
Imagens: http://news.slnutrition.com/2012/02/suplementos-vitaminicos-reduzem-risco-de-cancer-de-colon/ (visto a 9/03/2013)
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