terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Afinal, existem lobisomens ou não?!

Descansem, não existem lobisomens, mas infelizmente existem casos de pessoas que se parecem com eles.
Não têm dentes afiados.
Não têm garras.
Não uivam!
Mas possuem uma grande quantidade de lanugem no corpo. E o que é a lanugem?! Perguntam vocês. Lanugem:
(latim lanugo, -inis, lã, penugem) 

s. f.

1. Pêlo fino que precede a barba, nos adolescentes.
   2. Penugem vegetal.

Portanto, agora que sabemos do que se trata, vou continuar a explicar que o que estas pessoas têm, de facto, é uma doença chamada de Hipertricose ou Síndrome de Lobisomem.

É uma doença que abrange toda a pele com excepção das palmas das mãos e dos pés, sendo que o comprimento destes pêlos podem chegar aos 25 centímetros! UAU...


Esta doença tanto pode ser congénita, ou seja, as pessoas nascem com a doença, ou adquirida, tal como o próprio nome sugere, é adquirida ao longo da vida do indivíduo. Mas porque neste momento estamos a estudar a transmissão de caracteres através dos heterossomas (cromossomas contidos nos gâmetas), darei agora mais relevância à doença congénita.

Permitam-me explicar que durante a vida embrionária, o feto é coberto pela tal "lanugem" que cairia durante o 8º mês de gestação, o que não acontece nestes casos. Os bebés nascem com os pêlos que por sua vez continuam a crescer e a escurecer ao longo da vida.

"Ainda não se sabe ao certo as causas, porém acredita-se que seja uma condição genética, considerada hereditária ou então pode acontecer apenas devido a uma mutação de genes."



4 comentários:

  1. Eu escolhi postar sobre esta doença, porque a nossa sociedade vê, em geral, esta característica diferente do normal no ser humano, chegando mesmo a rebaixá-los, por vezes. E para isso, gostava que as pessoas que lessem este post pensassem que afinal as pessoas mais peludas que o normal não têm culpa de o ser, e que não devemos de tratá-las de modo diferente.

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  2. Há pouco tempo vi num programa do canal TLC exatamente a história de um senhor que não conseguia ter uma relação "normal" com as companheiras exatamente por ter muito pêlo e depois fez um tratamento a laser e reduziu muito o excesso de pêlo. Bom post!!!

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  3. UAU!!! Por mais que se tente parece ser muito difícil olhar para pessoas com Síndrome de Lobisomem como igual a outras sem este problema! Já tinha ouvido falar de muitas pessoas com este problema (há até quem seja mencionado nos Guiness World Records)e sempre assumi que por detrás desta aparência estariam razões genéticas. Numa menor escala, observamos isto em todas as pessoas. Há pessoas que de facto são muito pouco peludas e outras que têm muitos pêlos! Por exemplo, nas mulheres vemos que há grandes diferenças. Há mulheres que quase não têm de fazer a depilação por terem pêlos muito finos e raros e outras que têm de fazer quase todas as semanas porque os pêlos são em grande quantidade e de crescimento rápido. É pena que estas pessoas tenham de viver com estes problemas e sejam por vezes alvo de exclusão social. Felizmente, o avanço tecnológico permite que hoje em dia seja possível 'contornar' estas questões de saúde. No entanto, deve ser difícil a nível psicológico e social viver com este problema. Gostei Ana, Parabéns.

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  4. O interessante teria sido explorares este síndrome do ponto de vista de transmissão hereditária, o que não foi o caso!! No entanto, simplesmente descreves a doença sem explicares a origem ao nível genético! Se não se tem a certeza da origem, se é ou não genético, se é ou não hereditário, não devias ter escolhido este assunto mas sim antes um tema que conseguisses relacionar claramente com as temáticas abordadas. Não será que existe informação mais precisa sobre este tema?? Não terá sido falta de pesquisa?!
    Sindromes e mutações é matéria do 2º Período.
    O comentário respectivo também não acrescentou nada de muito esclarecedor ao nível hereditário!!

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